O peso de uma palavra mal colocada: Integração entre Psicanálise e TCC na Comunicação Não Violenta

O peso de uma palavra mal colocada: Integração entre Psicanálise e TCC na Comunicação Não Violenta

 Dra. Laura Catalina Rodriguez Barreto

Dr. Luiz Mário Ferreira Costa

Introdução:

Era uma terça-feira comum em um escritório movimentado quando, durante uma reunião tensa, o gerente perdeu a paciência. A equipe apresentava um problema no cronograma do projeto, e um dos funcionários, em busca de uma solução, sugeriu um ajuste de prazo. Sem pensar duas vezes, o chefe rebateu:

— “Se você não consegue dar conta, então talvez esse não seja o lugar para você!”

O silêncio na sala foi instantâneo. O funcionário, visivelmente constrangido e indignado, engoliu seco e continuou a reunião, mas aquela frase não seria esquecida. Dias depois, um processo foi aberto: assédio moral. O que poderia ter sido uma conversa produtiva, focada na busca por alternativas, tornou-se um impasse jurídico.

O erro não estava apenas no conteúdo da mensagem, mas na forma como foi comunicada. O tom agressivo, a falta de empatia e a ausência de um espaço seguro para diálogo transformaram uma simples divergência em um problema com graves repercussões.

Esse episódio ilustra o impacto da falta de Comunicação Não Violenta (CNV) no ambiente profissional — e na vida como um todo. Quantas vezes uma fala impulsiva comprometeu relacionamentos, causou conflitos desnecessários ou gerou ressentimentos?

 

A CNV: uma habilidade para todas as áreas da vida

A forma como nos comunicamos influencia diretamente nossos relacionamentos, seja no trabalho, em casa ou em interações sociais. Desenvolver habilidades de comunicação empática e assertiva não é apenas uma questão de etiqueta social, mas uma competência essencial para evitar conflitos, melhorar relacionamentos e alcançar objetivos de forma mais eficaz.

A Clínica de Saúde Mental Rodriguez Costa propõe uma abordagem integrativa entre Psicanálise e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para aprimorar essa capacidade. A combinação dessas abordagens permite tanto um mergulho nos aspectos inconscientes que interferem na comunicação quanto o desenvolvimento de ferramentas práticas para reformular padrões disfuncionais de interação.

A Psicanálise, desenvolvida por Freud e aprofundada por autores como Lacan e Winnicott, possibilita acessar conteúdos inconscientes que moldam nossa forma de expressar e interpretar mensagens. Muitas vezes, a forma como reagimos a determinadas situações não diz respeito ao momento presente, mas a traumas passados, projeções e mecanismos de defesa. Quando nos tornamos conscientes desses processos, podemos reformular nossa comunicação, tornando-a menos reativa e mais estratégica.

Já a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com base em Aaron Beck e Albert Ellis, ajuda a modificar padrões de pensamento disfuncionais. Muitas das dificuldades na comunicação derivam de crenças irracionais e pensamentos automáticos, como “se discordam de mim, é porque não me respeitam” ou “se alguém critica meu trabalho, é porque sou incompetente”. Ao identificar e reformular essas distorções, podemos desenvolver respostas mais adaptativas e construtivas.

Por fim, a Comunicação Não Violenta (CNV), desenvolvida por Marshall Rosenberg, oferece um modelo prático para expressar sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa. Em vez de acusações e julgamentos, a CNV ensina a construir diálogos que promovam empatia, conexão e entendimento mútuo.

A seguir, apresentamos um exercício prático que combina os princípios da CNV com intervenções psicanalíticas e cognitivo-comportamentais para aprimorar a comunicação interpessoal.

 

 

Desenvolvimento:

A CNV propõe quatro passos essenciais para comunicar como nos sentimos em determinada situação:

1. OBSERVAÇÃO
2. EMOÇÃO
3. NECESSIDADE
4. PEDIDO

Cada um desses passos pode ser enriquecido com intervenções psicanalíticas e da TCC, conforme descrito abaixo.

 

1. OBSERVAÇÃO: O QUE ACONTECEU?

O objetivo aqui é descrever o comportamento da outra pessoa de forma objetiva, sem julgamentos ou generalizações. Abaixo, seguem exemplos de falas que que aplicam a Comunicação Não Violenta (CNV), a Psicanálise e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).

1. Comunicação Não Violenta (CNV)

💬 “Você bateu a porta com força depois da nossa conversa…”
💬 “Você disse ‘isso não faz sentido’ depois da minha sugestão na reunião…”

💬 “Você interrompeu minha fala três vezes durante a discussão…”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Descrevem apenas o comportamento, sem interpretações subjetivas.
• Evitam rótulos ou acusações, o que reduz resistência.
• Mantêm um tom neutro e aberto ao diálogo.

📌 Recomendações para colocar em prática:

Defina o comportamento da forma mais objetiva possível, tentando manter a neutralidade na sua descrição. Evite usar generalizações ou palavras abstratas para definir o comportamento ou a pessoa (por exemplo: “quando você é egoísta…”, “você é narcisista”, “quando você quer se aproveitar de mim…”, etc.).

2. Intervenção Psicanalítica

💬 “Quando você falou comigo de forma mais ríspida hoje, percebi que fiquei muito incomodado. Isso me lembrou momentos da minha infância quando meu pai me corrigia de maneira dura.”
💬 “Quando ouvi sua crítica sobre meu relatório, senti uma insegurança que me acompanha há anos. Será que estou projetando um medo antigo nessa situação?”
💬 “Quando você ignorou minha sugestão na reunião, senti uma frustração maior do que o esperado. Isso pode estar relacionado a experiências anteriores onde minha opinião não foi valorizada?”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Promovem a autoanálise, identificando se a reação está enraizada em experiências passadas.
• Evitam transferência e projeção, o que reduz reações impulsivas.
• Abrem espaço para um diálogo interno e externo mais consciente.

3. Técnica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

💬 “Quando você me deu um retorno negativo sobre o projeto, inicialmente pensei ‘ele não valoriza meu trabalho’, mas depois percebi que isso pode ser uma interpretação errada e que talvez você estivesse apenas querendo melhorar os resultados.”
💬 “Quando você não respondeu minha mensagem no grupo de trabalho, automaticamente pensei que estava me ignorando, mas ao analisar melhor, percebi que talvez estivesse ocupado.”
💬 “Quando você discordou da minha ideia na reunião, senti que estava sendo atacado, mas depois refleti que discordâncias fazem parte do trabalho e não significam necessariamente uma rejeição.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Aplicam a reestruturação cognitiva, corrigindo pensamentos distorcidos como catastrofização ou personalização.
• Evitam interpretações precipitadas, promovendo um olhar mais racional sobre a situação.
• Tornam a comunicação menos reativa e mais estratégica.

 

2. EMOÇÃO: O QUE SINTO QUANDO ISSO ACONTECE?

O objetivo aqui é expressar o que sentimos sem acusar o outro, focando na nossa experiência emocional. Isso permite que a comunicação seja mais empática e diminui as chances de defesa ou confronto.

1. Comunicação Não Violenta (CNV)

💬 “Quando você aumenta o tom de voz comigo, eu sinto medo e fico inseguro.”
💬 “Quando você interrompe minhas falas repetidamente, eu me sinto desvalorizado e frustrado.”
💬 “Quando você reage com ironia às minhas sugestões, eu me sinto desmotivado e desrespeitado.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Expressam sentimentos reais sem transformar a conversa em um ataque.
• Criam um espaço para empatia e compreensão.
• Tornam visíveis emoções que podem não ser óbvias para o outro.

📌 Recomendações para colocar em prática:

• Nomeie emoções (raiva, tristeza, angústia, medo). Elas falam sobre você e não sobre a outra pessoa.
• EVITE usar interpretações (por exemplo: “Sinto que você quer se aproveitar de mim”, “Sinto que não me considera importante”, “Sinto que você é agressivo”). Esse tipo de frase não expressa emoções, mas sim pensamentos e suposições sobre a outra pessoa ou a situação. Geralmente, essas interpretações são baseadas em projeções ou ideias que refletem mais sobre nós mesmos do que sobre o outro. Além disso, elas costumam fazer com que a outra pessoa se sinta julgada e, consequentemente, adote uma postura defensiva.

2. Intervenção Psicanalítica

💬 “Quando você fala comigo de um jeito ríspido, sinto uma angústia parecida com a que eu sentia quando minha mãe me criticava quando criança.”
💬 “Quando você não me responde imediatamente, sinto um abandono que já experimentei antes. Será que essa sensação vem da situação presente ou de algo mais antigo?”
💬 “Quando você questiona meu trabalho de forma dura, sinto que não sou bom o suficiente. Esse sentimento me acompanha há muito tempo e preciso entender melhor de onde ele vem.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Ajudam a identificar padrões inconscientes, trazendo à tona traumas ou experiências passadas.
• Evitam projeções, permitindo que a pessoa perceba quando está reagindo a algo do passado e não ao presente.
• Criam um diálogo interno mais consciente e saudável.

3. Técnica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

💬 “Quando você me ignora em uma conversa, automaticamente penso que você está bravo comigo. Mas depois percebo que pode ser só uma suposição minha.”
💬 “Quando você critica meu trabalho, meu primeiro pensamento é ‘não sou bom o suficiente’, mas depois reflito e vejo que é só um feedback para melhorar.”
💬 “Quando você não elogia meus esforços, minha mente me diz que não sou valorizado, mas ao revisar a situação, percebo que talvez eu esteja exagerando na minha interpretação.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Permitem reavaliar reações emocionais para evitar distorções cognitivas.
• Trazem clareza sobre a diferença entre pensamento e realidade.
• Promovem um controle emocional mais racional e assertivo.

 

3. NECESSIDADE: POR QUE ME SINTO ASSIM?

O objetivo aqui é expressar a necessidade que está por trás da emoção, ajudando a outra pessoa a entender o que realmente é importante para você e reduzindo a possibilidade de que a conversa se torne um conflito.

1. Comunicação Não Violenta (CNV)

💬 “Quando você aumenta o tom de voz, eu me sinto desconfortável porque preciso me sentir respeitado durante nossas conversas.”
💬 “Quando você me interrompe constantemente, eu me sinto frustrado porque preciso ser ouvido para expressar minhas ideias completamente.”
💬 “Quando você não responde minhas mensagens, eu fico ansioso porque preciso de clareza sobre o que está acontecendo.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Focam na necessidade da pessoa que fala, sem transformar a conversa em uma acusação.
• Explicam a emoção de forma racional, facilitando o entendimento.
• Criam um espaço seguro para a outra pessoa compreender e agir de forma diferente.

📌 Recomendações para colocar em prática:

• Fale apenas sobre você, evitando focar no outro. Por exemplo, prefira dizer “Eu preciso me sentir respeitado(a)” em vez de “Você tem que me respeitar”.

2. Intervenção Psicanalítica

💬 “Quando minha opinião não é levada em consideração, sinto uma necessidade intensa de reconhecimento. Preciso entender se isso vem apenas da situação ou de algo mais antigo.”
💬 “Quando sou ignorado em uma conversa, isso me incomoda profundamente. Isso me lembra momentos da infância em que eu sentia que não tinha voz?”
💬 “Quando alguém critica meu trabalho de maneira abrupta, minha necessidade de ser valorizado fica evidente. Essa necessidade tem raízes em experiências anteriores onde senti que nunca era suficiente?”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Ajudam a explorar a origem das necessidades emocionais, trazendo maior autoconhecimento.
• Permitem diferenciar necessidades reais de traumas passados.
• Evitam que a pessoa reaja de forma desproporcional ao momento atual.

3. Técnica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

💬 “Quando alguém discorda de mim, minha primeira reação é pensar que não sou valorizado. Mas, ao refletir, percebo que a discordância não significa desrespeito, e que preciso aprender a lidar melhor com isso.”
💬 “Quando sinto que minha opinião é ignorada, a necessidade de ser ouvido se torna muito intensa. Ao analisar melhor, percebo que às vezes posso estar exagerando minha interpretação da situação.”
💬 “Quando alguém critica meu trabalho, sinto que preciso de mais reconhecimento. Mas, em vez de presumir que não sou valorizado, posso perguntar diretamente o que posso melhorar.”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Reformulam a percepção da situação para evitar distorções cognitivas.
• Permitem avaliar se a necessidade expressa é realista e ajustável à realidade.
• Reduzem reações emocionais intensas baseadas em interpretações precipitadas.

 

4. PEDIDO: COMO EU GOSTARIA QUE FOSSE DIFERENTE?

O objetivo aqui é formular pedidos claros e específicos, garantindo que a comunicação seja produtiva e evitando que a conversa se transforme em críticas ou exigências que gerem resistência.

1. Comunicação Não Violenta (CNV)

💬 “Quando você aumenta o tom de voz, eu me sinto desconfortável porque preciso ser respeitado. Você poderia falar comigo em um tom mais calmo da próxima vez?”
💬 “Quando você não me dá retorno sobre um assunto importante, eu fico ansioso porque preciso de mais clareza. Seria possível você me avisar caso precise de mais tempo para responder?”
💬 “Quando você critica meu trabalho sem reconhecer o que foi feito corretamente, eu me sinto desvalorizado. Você poderia, antes de apontar melhorias, destacar algo positivo no que fiz?”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• São diretas, mas não agressivas, o que facilita a aceitação do pedido.
• Transformam reclamações em soluções concretas, evitando um tom acusatório.
• Dão espaço para a outra pessoa decidir, em vez de impor uma exigência.

📌 Recomendações para colocar em prática:

• Formule as frases deste passo em forma de pergunta (“Você poderia…?”, “Seria possível…?”). Isso reduz a chance de que a outra pessoa se sinta obrigada ou pressionada a agir de determinada forma, o que geralmente gera resistência. A pergunta transmite a ideia de que a outra pessoa tem o direito de recusar o pedido.
• Evite fazer pedidos em forma de ordem (por exemplo: “Você tem que falar comigo de maneira mais gentil!”).
• O pedido deve sugerir comportamentos específicos e detalhados, em vez de definições abstratas de caráter. Por exemplo, prefira dizer “Você poderia falar com um tom de voz mais baixo?” em vez de “Você poderia ser menos grosseiro?”.

2. Intervenção Psicanalítica

💬 “Eu estou pedindo que você seja mais gentil comigo porque realmente preciso disso, ou estou tentando fazer você agir de uma forma que me tranquilize sobre minhas próprias inseguranças?”
💬 “Quando peço para você me ouvir com mais atenção, minha necessidade é legítima ou estou buscando aprovação constante devido a um medo de rejeição que carrego há tempos?”
💬 “Meu pedido reflete um desejo genuíno de melhorar nossa comunicação ou estou tentando ter mais controle sobre a situação?”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Evitam manipulações inconscientes, garantindo que o pedido não seja uma forma de controle.
• Promovem autorreflexão, ajudando a diferenciar uma necessidade real de um padrão emocional antigo.
• Tornam a comunicação mais autêntica e menos reativa.

3. Técnica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

💬 “Quando você levanta a voz, meu primeiro pensamento é ‘ele não me respeita’. Mas, em vez de supor isso, prefiro pedir diretamente: você poderia falar comigo em um tom mais baixo?”
💬 “Sempre que você interrompe minha fala, eu assumo que você não valoriza minha opinião. Mas talvez seja só um hábito. Podemos combinar que cada um termine seu raciocínio antes de falar?”
💬 “Quando você não responde minhas mensagens, eu penso automaticamente que algo está errado. Em vez disso, posso te perguntar: podemos definir um tempo razoável para respostas?”

📌 Por que essas falas são eficazes?

• Transformam pensamentos automáticos negativos em ações produtivas.
• Reestruturam crenças distorcidas para evitar interpretações precipitadas.
• Promovem uma comunicação mais objetiva e menos carregada emocionalmente.

 

Exercícios:

Escolha uma situação passada em que você se sentiu desconfortável com o comportamento de outra pessoa.

1. Descreva objetivamente o comportamento observado.
2. Nomeie as emoções sentidas.
3. Identifique a necessidade não atendida.
4. Formule um pedido claro e específico.

Além disso, reflita sobre:

• A situação ativou alguma memória inconsciente?
• Existe um padrão recorrente na sua forma de reagir?
• Há distorções cognitivas envolvidas?

 

Conclusão

A comunicação impulsiva pode gerar conflitos desnecessários e até consequências graves, enquanto uma abordagem empática e estruturada evita desgastes e fortalece relações. A Comunicação Não Violenta (CNV) vai além de evitar discussões; ela melhora a clareza nas interações e promove diálogos construtivos.

Como foi demonstrado, aqui adotamos uma abordagem integrada, combinando a CNV, a Psicanálise e a TCC para:

✅ Desenvolver diálogos assertivos e empáticos, fortalecendo os vínculos (CNV).
✅ Identificar padrões inconscientes que afetam a comunicação (Psicanálise);
✅ Reformular crenças disfuncionais, reduzindo conflitos internos e externos (TCC);

Seja no trabalho, em casa ou na vida social, a comunicação consciente é uma ferramenta essencial para criar conexões genuínas e evitar mal-entendidos. Falar com respeito e equilíbrio não apenas melhora nossos relacionamentos, mas transforma a forma como somos percebidos pelo mundo.

Sabendo disso, que tal começar hoje a aplicar os princípios da Comunicação Não Violenta (CNV) e integrar técnicas da Psicanálise e da TCC no seu dia a dia? Por isso, se você deseja aprimorar sua comunicação e fortalecer suas conexões interpessoais, entre em contato com a Clínica de Saúde Mental Rodriguez Costa e dê o primeiro passo para uma interação mais empática e eficaz!

 

Referências Bibliográficas

BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva: Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.

ELLIS, Albert. O Livro de Ouro da Inteligência Emocional: Como as Emoções Afetam Nossas Vidas. São Paulo: Bestseller, 2003.

FREUD, Sigmund. Psicopatologia da Vida Cotidiana. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

ROSENBERG, Marshall. Comunicação Não Violenta: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais. São Paulo: Editora Ágora, 2019.

WINNICOTT, Donald W. O Brincar e a Realidade. São Paulo: Martins Fontes, 1975.